A apneia do sono é caracterizada por ruídos e interrupções na respiração que se repetem, no mínimo, cinco vezes num período de 60 minutos. resultando em roncos e num descanso pouco relaxante que não permite recuperar as energias. Assim, além de sonolência durante o dia, esta doença provoca sintomas como dificuldade de concentração, dor de cabeça, irritabilidade e até impotência.
Hoje, porém, os estudos mostram que esse é um dos sinais mais evidentes de apneia do sono, um distúrbio que pode levar a um quadro de saúde muito mais grave e que muitos brasileiros ainda não sabem que têm.
A apneia do sono acontece devido à obstrução das vias respiratórias em função da desregulação dos músculos da faringe. Além disto, existem hábitos de vida que aumentam o risco de desenvolver uma apneia obstrutiva do sono, como o excesso de peso, consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo e uso de remédios para dormir.
Esse distúrbio do sono deve ser tratado por meio da melhora dos hábitos de vida e do uso de uma máscara de oxigênio que empurra o ar para as vias aéreas e facilita a respiração.
No Brasil sobram casos de pessoas que precisam ligar o sinal de alerta para a doença. Segundo um estudo conduzido pelo médico especialista em Medicina do Sono, Sergio Tufik, e outros colaboradores, estima-se que mais de 70 milhões de pessoas possuem o problema. E a maior parte delas passa muito tempo sem saber e sem procurar tratamento adequado.
A apneia do sono é gera consequências muito prejudicial ao paciente, com destaque para os riscos cardíacos. O ronco deve ser o sinal de alerta para que as pessoas procurem um especialista, mas também outros sintomas, como acordar com a boca seca, acordar cansado, ter sonolência durante o dia, sentir falta de disposição, perda de memória, dentre outros efeitos”, orienta a fisioterapeuta.
“O exame padrão para identificar o problema é a polissonografia. Confirmando-se o diagnóstico de apneia do sono, chega o momento do tratamento.
Os sintomas são comuns aos acidentes vasculares isquêmicos e hemorrágicos, como: fraqueza ou formigamento no rosto, braço ou perna, confusão mental, alterações na fala, compreensão, visão e equilíbrio e dor de cabeça súbita e intensa. Como o paciente pode apresentar um comprometimento do sistema neurológico, o ideal é que seja atendido o mais rápido possível.
Principais sinais e sintomas
Para identificar a apneia obstrutiva do sono, deve-se notar a presença dos seguintes sintomas:
Roncar durante o sono;
Acordar várias vezes à noite, mesmo que por poucos segundos e de forma imperceptível;
Apresentar paradas da respiração ou sufocamento durante o sono;
Ter excesso de sono e cansaço durante o dia;
Acordar para urinar ou perder urina durante o sono;
Ter dor de cabeça pela manhã;
Diminuir o rendimento nos estudos ou trabalho;
Ter alterações da concentração e da memória;
Desenvolver irritabilidade e depressão;
Ter impotência sexual.
Fatores de risco
Excesso de peso
Maxilar inferior encurtado, o que empurra a língua muito para trás, tapando a garganta
Tabagismo
Álcool em excesso
Uso exagerado ou equivocado de sedativos
A reabilitação desses indivíduos se dá através de uma equipe multidisciplinar que é capaz de avaliar e efetuar intervenções de modo coordenado e com conhecimento a respeito da incapacidade respiratória.
Tratamento
A fisioterapeuta orienta que, dentre os tratamentos disponíveis para tratar a apneia do sono, um aparelho chamado CPAP é a solução conhecida pelos especialistas como padrão ouro para casos moderados a graves. Mas, também pode ser indicado em casos mais leves, quando acompanhados de muitos sintomas e comorbidades. O método não é invasivo e traz resultados rápidos e efetivos.
O CPAP consiste num aparelho que, através de uma máscara que cobre o nariz (ou o nariz e a boca) e que deve ser usado durante o sono, é capaz de garantir o fluxo de ar necessário ao paciente para que a apneia não aconteça.
O CPAP emite um fluxo de ar pressurizado que mantém as vias aéreas desimpedidas, permitindo a circulação livre de oxigênio. Se estiver bem ajustado, o uso do aparelho cessa o ronco e abre caminho para o transporte de oxigênio até os pulmões.
Esse dispositivo, que foi projetado justamente para ser usado em casa, melhora a qualidade do sono do paciente, resolve muitos sintomas diurnos, reduz os riscos de desenvolver problemas cardiorrespiratórios e melhora a saúde como um todo, trazendo mais qualidade de vida.